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Mais Médicos preenche 10,5% do total de profissionais solicitados

14 agosto 2013 - 18:55

O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira (14) que 1.618 profissionais foram selecionados no primeiro mês de inscrições do programa Mais Médicos. O número representa 10,5% dos 15.460 médicos requisitados por 3.511 cidades. Os médicos devem chegar aos municípios a partir do dia 1º de outubro.

De acordo com o balanço final, 1.096 médicos selecionados se formaram no Brasil e 522 no exterior — 358 são estrangeiros e 164 brasileiros com atuação em 32 países do mundo. Argentina (141), Espanha (100), Cuba (74), Portugal (45) e Venezuela (42) são os países com maior adesão ao programa. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que, dos 74 médicos formados em Cuba, nenhum é cubano.

“Para nós, ficou muito claro nesses 15 dias que o Brasil não tem número de médicos para atender todas as áreas do nosso país. Portanto, está correta a estratégia do Ministério da Saúde. O que nos move é levar médico para quem precisa e, para isso, vamos usar todas as estratégias legais que o ministério tem para fazer isso.”, disse Padilha.

Os médicos estrangeiros e brasileiros formados no exterior se concentrarão inicialmente em oito capitais: Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza. Nessas cidades, participarão de aulas de português e de avaliação sobre a saúde pública brasileira entre os dias 26 de agosto e 13 de setembro. Depois de avaliados, os médicos receberão um registro profissional provisório, restrito à atenção básica e às regiões onde serão alocados pelo programa.

Os selecionados na primeira etapa atuarão em 579 municípios — 67,3% dos médicos atuarão em áreas de extrema pobreza e distritos de saúde indígena. Os outros 32,7% atuarão em periferias de capitais e regiões metropolitanas.

Foram selecionados 261 municípios do Nordeste, 103 da região Sul, 101 da região Sudeste, 78 da região Norte, e 36 da região Centro-Oeste. Dos 18 distritos indígenas selecionados, 15 estão no Norte, dois no Centro-Oeste e um no Nordeste.

O Estado com maior número de médicos alocados é a Bahia, com 144 profissionais. Em seguida, está São Paulo com 134 médicos. Outros estados que tiveram mais médicos foram o Rio Grande do Sul (119), Ceará (117), Goiás (103), Minas Gerais (101), Paraná (98), Amazonas (88), Pernambuco (84) e Rio de Janeiro (70).

Do total de médicos selecionados, 58% são homens e 71% se formaram nos últimos dez anos.

Diante da baixa adesão na primeira rodada de contratações, na qual apenas 938 médicos brasileiros haviam sido selecionados, o Ministério da Saúde permitiu que aqueles que já haviam escolhido um município para trabalhar, mas não haviam homologado a presença ou não foram alocados, pudessem escolher novos locais para atuar.

Assim, outros 158 profissionais com diploma no Brasil confirmaram sua atuação até a última segunda-feira (13). Dos 715 médicos com diploma no exterior que se inscreveram, 522 homologaram a participação.

Calendário
O Ministério da Sáude também divulgou as próximas datas do Mais Médicos. Do dia 15 a 18 de agosto, ocorre a validação final da documentação dos estrangeiros nos consulados e embaixadas brasileiras e a emissão das passagens. No dia 19 de agosto, haverá uma vídeo-conferência com gestores municipais para divulgação das orientações sobre o curso acolhimento dos médicos estrangeiros. Entre os dias 23 e 25, ocorre o curso.

No dia 16 de agosto, o edital para novas inscrições de médicos será publicado e no dia 19 começam as inscrições para municípios e médicos brasileiros e estrangeiros.

Esse será o último mês para inscrição de municípios nessa etapa do programa. As cidades vão poder voltar a se inscrever no final do ano. Segundo Padilha, o objetivo é evitar troca de médicos entre as cidades.

“Isso é uma forma de evitar qualquer movimento de troca de médicos, esse regramento de abrirmos a inscrição uma vez por semestre, impede que tenha uma troca de profissionais, uma troca de vínculos.Isso é fundamental, porque esse é o programa Mais Médicos, não troca de médicos”, disse.

Parcerias
Padilha afirmou que o Brasil tem 1557 municípios com maior deficiência de médicos e que são considerados prioritários. Segundo o ministro, como desses municípios, 703 não foram escolhidos por nenhum médico no programa, eles serão considerados ainda mais prioritários nas negociações bilaterais ou coletivas com outros países para o envio de profissionais.

“Nossa prioridade na parceria coletiva com ONGs, países e universidades, será exatamente esses 703 municípios que não tiveram nenhum tipo de opção do profissional médico”, disse.

O ministro afirmou ainda querer que os médicos “venham o mais rápido possível”, mas não deu datas. De acordo com Padilha, Cuba ofereceu 6 mil médicos e o governo brasileiro segue em negociação com o cubano sobre o tema.

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