Segundo dados oficiais, somos 212 milhões de brasileiros nos dias atuais. Todos precisamos preservar nossa saúde e enfrentar nossas doenças. Para isso, somente um sistema deveria atender universalmente a todos os brasileiros: o SUS. Criado pela Constituição Federal de 1988, trata-se de um excelente projeto, porém de difícil execução.

Nossas dimensões continentais, nosso subdesenvolvimento, interesses políticos, corrupção crônica e gestões ineficientes são alguns dos impedimentos do deslanchar desse megaprojeto. Estima-se que 70% dos brasileiros necessitem do sistema público para se cuidar. Por outro lado, considerando os critérios de nosso país para classes sociais, veremos que via de regra o tratamento integralmente particular somente pode ser adotado pela classe alta, porcentagem mínima de nossa população (próximo a 1%).

Muitos podem custear consultas ou exames particulares, mas muito poucos podem custear 100% da sua atenção à saúde quando se tornam necessárias internações ou cirurgias.

Desta forma podemos inferir que os planos de saúde podem e devem atingir num futuro mais de 100 milhões de brasileiros. Atualmente, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), esses são 48 milhões de beneficiários.

Esses milhões de brasileiros podem trabalhar e produzir sem precisar preocupar com doenças porque integram um sistema de saúde.

Os planos de saúde contratam médicos, clínicas, laboratórios, profissionais de saúde, hospitais e tudo o mais a preços competitivos para dar suporte à saúde de seus clientes.

Esses preços competitivos, aliados ao princípio do mutualismo, permitem a sobrevivência do setor. O fato de as pessoas estarem juntas contribuindo e cada uma utilizando no momento necessário é que possibilita a existência dos planos de saúde bem como de todos os seguros.

Os planos de saúde empregam milhares de pessoas para fazer a gestão apropriada do dinheiro pago pelo cliente, de forma a poder entregar a consulta, cirurgia, exame ou internação necessários a cada um de seus clientes. É uma operação complexa que envolve muitos parceiros e emprega várias categorias profissionais. Médicos, psicólogos, enfermeiros, odontólogos, fisioterapeutas, administradores, assistentes sociais, fonoaudiólogos, emergencistas, são somente alguns dos envolvidos nessa operação cotidiana.

Que cada brasileiro operado ou internado numa UTI por um plano de saúde dê um salve para a atuação dessas empresas no território nacional!