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Idosos apresentam 12 vezes mais risco de morrer por dengue

15 abril 2013 - 11:11

Pessoas com idade acima de 60 anos têm 12 vezes mais risco de morrer por dengue do que as de outras faixas etárias. Do total de óbitos registrados nos primeiros três meses deste ano (132), 42% foram de integrantes deste grupo, segundo levantamento do Ministério da Saúde. Devido a esta vulnerabilidade, o Ministério da Saúde alerta aos idosos a procurarem os serviços de saúde assim que surgirem os primeiros sinais da doença.

“As causas desta condição de risco não estão completamente esclarecidas, mas podem estar relacionadas com a maior prevalência, nesta faixa etária, de doenças crônicas, como cardíacas, diabetes, entre outras”, observa o secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.

Os sintomas mais comuns da dengue são febre, dor de cabeça – algumas vezes mais localizada no fundo dos olhos – e dores nas articulações. “Se a pessoa com a doença apresentar dores abdominais e vômitos persistentes, deve buscar imediatamente um serviço de saúde porque estes são sinais de agravamento. Também é fundamental não tomar remédio que tenha em sua composição o Ácido Acetil Salicílico (AAS, aspirina e outros) e se hidratar com água, sucos e água de coco”, aconselha Jarbas Barbosa.

Mapa da Doença

Nos três primeiros meses deste ano, 10 estados brasileiros apresentaram alta incidência de dengue e concentraram 74,5% dos casos notificados ao Ministério da Saúde. De 1º de janeiro a 30 de março, os estados de Rondônia, Acre, Amazonas, Tocantins, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás registraram índices que vão de 304,9 até 3.105 casos por 100 mil habitantes. O Ministério da Saúde considera três níveis de incidência de dengue: baixa (até 100 casos por 100 mil habitantes), média (de 101 a 300 casos) e alta (acima de 300). A média nacional é de 368,2 casos/100 mil habitantes.

Em números absolutos, os 10 estados registraram 532.107 casos suspeitos, o equivalente a 74,5% do total das notificações em todo o país, ou seja, 714.226. Do total de casos suspeitos notificados neste ano, 83.768 já foram descartados. Vale destacar que as notificações em 2013 ainda são consideradas suspeitas, podendo ser descartadas ou confirmadas após a investigação pelas secretarias municipais de saúde. No ano passado, no mesmo período (1º de janeiro a 30 de março), foram 190.294 notificações. Em 2011, os casos notificados foram 344.715 e, em 2010, de 501.806.

Embora o Brasil contabilize aumento nos casos suspeitos, foi registrada redução de 5% dos casos graves, se comparado ao mesmo período de 2012. No ano passado, ocorreram 1.488 casos graves e, neste ano, foram confirmados 1.417. Já no mesmo período de 2011, a redução foi 74% (5.361) e, em comparação com 2010, foi de 82% (7.804). Com relação aos óbitos, foram confirmados 132 (entre 1º de janeiro a 30 de março) de 2013. Em 2012, foram 117 óbitos; 236 (2011) e 306 (2010), no mesmo período.

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