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O momento delicado das Operadoras de Saúde

22 janeiro 2014 - 15:30

Falar que a situação  das Operadoras de Saúde Suplementar está caótica, é chover no molhado. A falta de bom censo para com o  segmento por parte do governo chega a ser desanimador.

Nos  parece que os órgãos reguladores não analisam os dados assistenciais e financeiros  enviados pelas Operadoras à ANS (Agência Nacional de Saúde) pois qualquer um dos dados acima  levantado mostra que as Operadoras caminham a passos largos para a insolvência, se nada for feito de forma emergencial e  responsável.

A cada dia a ANS exige a ampliação de coberturas assistenciais  sem a contraprestação necessária, e o que é pior, retroage os benefícios aos contatos assinados a mais de 10 anos, descumprindo um ato jurídico perfeito,  o que leva as Operadoras  ao desequilíbrio econômico, colocando em risco a estabilidade de sua operação. Tudo isso com a anuência do judiciário.

Após levantamento de alguns dados, foi possível avaliar a diferença entre a saúde pública e a privada. Enquanto as Operadoras de Saúde Suplementar( empresas privadas) chegam a gastar R$ 79 bilhões de reais na assistência a 48 milhões de usuários, o SUS (serviço público)  gasta em torno R$ 28 bilhões para dar assistência à 150 milhões de usuários.

Somente com estes números já se mostra a importância da saúde suplementar para a população brasileira, e mesmo assim,  estamos prestes à falência deste mercado.
O governo  deveria olhar com mais cuidado para a saúde suplementar, uma vez que a saúde suplementar é o parceira ideal do governo para o cumprimento de suas obrigações constitucionais estabelecida em nossa Carta Magna , no seu artigo 196, que diz que Saúde é Direito de todos e dever do Estado, tirando uma significativa  parte da população de utilizar o  serviço público.

A  própria imprensa deveria rever os seus conceitos, pois, será uma grande catástrofe o encerramento das atividades das Operadoras, pois a nossa população, já acostumada com a saúde suplementar, não suportará ser atendida pelo sistema público e, para o governo, seria uma demanda de recursos que provavelmente ele não conseguiria  suprir.

Superintendente Luiz Fernando Lacerda Silva

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