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A Saúde Suplementar com uma Visão Macroeconômica

13 outubro 2014 - 10:49

Para que possamos entender o momento delicado em que passa a saúde suplementar, eu vou fazer um paralelo do segmento com a Economia do nosso país.  Primeiramente, vamos definir o que seria a Economia de um país. Sabendo que os fatores de produção são escassos e as necessidades da sociedade são ilimitadas, a economia busca maximizar os fatores de produção disponíveis para tentar atender ao máximo as necessidades da sociedade, sabendo que, é impossível atende-la em sua plenitude.

Com base nestas informações, as vezes abrimos mão de produzir um bem X para que possamos produzir outro bem Y de forma à atender a maioria de uma sociedade. Isto posto, vamos trazer o mesmo conceito para a saúde suplementar. Sabemos que os nossos fatores de produção, são limitados e as vezes até escassos tais como: médicos, hospitais, clínicas, capital ,e etc.). e sabemos também que as necessidades dos usuários são cada vez maior, fazendo com que as operadoras que administram estes fatores de produção busquem de forma responsável atender ao máximo estas necessidades.

Uma das formas utilizadas pelas Operadoras para buscar o equilíbrio da utilização dos fatores de produção disponíveis, é através da contratualização com o seu usuário, onde ela estabelece o que deve cobrir , onde , quando, como e etc.
Com os contratos firmados, as Operadoras buscam junto aos fatores de produção disponíveis, formas para atender em sua totalidade as necessidades de seus usuários contratualizados.

Vendo desta forma parece uma coisa simples , mas não é , e porque não é? Porque a área de saúde está sempre evoluindo e se modernizando, buscando novas tecnologias e alternativas de tratamentos , que muitas vezes são necessária para atender aquele principio de suprir as necessidades de uma sociedade.

Porem, ao introduzir essas novas tecnologias , tratamentos , que são embutidas de formas unilateral e sem se preocupar com um outro fator de produção não menos importante que é o capital, causamos um desequilíbrio no Mercado, comprometendo a demanda e a oferta de serviços, pois não estamos utilizando adequadamente os fatores de produção disponíveis no Mercado como definimos no inicio do texto.

Sendo o Capital também escasso e finito, não se consegue atender a tudo o que lhe é imposto acima daquilo já contratado. Assim devemos refletir sobre que saúde suplementar nos queremos ou melhor, que saúde suplementar nós podemos oferecer. Vale a reflexão.

Adm. Luiz Fernando Lacerda Silva

CRA 13.340

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